Uma operação realizada pela Polícia Civil trouxe à tona um problema recorrente em várias cidades do Interior do Ceará, a comercialização ilegal de carne bovina para o consumo humano. A ação policial, denominada "Carne Podre", ocorreu no mercado público de Quixadá.
Os policiais flagraram aproximadamente 1.500Kg chegando aos boxes, em
um veículo inadequado. O abate estava sendo realizado de forma
irregular, ao lado do matadouro público da cidade, interditado desde
2016. Seria um problema pontual se outras 52 unidades de abate não
estivessem na mesma situação no Interior do Ceará.
Conforme a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri),
as interdições ocorrem, na maioria, a partir de ações do Ministério
Público do Estado do Ceará (MPCE). Geralmente, os promotores de Justiça
recebem denúncias de irregularidades e, realizadas as investigações,
constatam os problemas, grande parte por falta de estrutura e de
higiene.
Os técnicos da Adagri e também da Vigilância Sanitária são acionados
para certificarem as infrações. Em desacordo com as leis de regulação e
de funcionamento, esses locais são fechados até se adequarem às normas
sanitárias e ambientais.O caso do Matadouro Público de Quixadá é um exemplo. O serviço de abate
havia sido interrompido outras quatro vezes, a primeira delas em 2010.
Na época, o então diretor do Departamento Municipal de Administração de
Bens e Serviços Públicos (Dmasp), Elery Ferreira, havia anunciado a
construção de uma nova unidade. O projeto já estava pronto, o terreno
também havia sido liberado. Restava apenas a concessão de algumas
licenças ambientais e a disponibilização dos recursos, da ordem de R$ 1
milhão, por meio de emenda.
Acompanhe a lista dos abatedouros no Estado que estão interditados:
Acompanhe a lista dos abatedouros no Estado que estão interditados:
Diário do Nordeste
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